domingo, 6 de janeiro de 2013

PERDAS

Deixei a lua, as estrelas,
Deixei de ver bichinhos,
Feitos de nuvens, no céu,
Misturei-me aos arranhacéus.
Perdi a simplicidade,
Conheci a vaidade,
A ambição, a sordidez.
Ví miséria,
Abandono,
Crianças perdidas,
Sem planos.
Corrí em busca do nada
E nisto perdí a paz.
Paz de ver capim,
Verde e molhado de orvalho.
Roça em hora de colheita.
Córrego com fundo de pedregulho,
Barulho de cachoeira.
Meu mundo de liberdade,
Hoje é quase esconderijo.
Me sinto num caramujo,
Sou talvez camaleão,
Que transmuda e se adapta,
Passa o tempo,
Salva-se,
Mas viver não vivo não.... 

Lúcia

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